Em relação aos medicamentos para tratar esquizofrenia (antipsicóticos) vamos nos lembrar que existem muitos medicamentos disponíveis e eles representam importantes avanços em termos de eficácia com menores efeitos colaterais.
No mundo todo, existe um grande investimento por parte da indústria farmacêutica e agências de pesquisas para desenvolver novos medicamentos. Até o momento, todos os medicamentos agem no sistema do neurotransmissor chamado de dopamina, que funcionam bem para diminuição dos sintomas como alucinações e delírios. No entanto, eles são menos eficazes nos sintomas de isolamento e a dificuldade socialização.
Alguns pacientes apresentam ainda dificuldade cognitiva, como problemas para concentrar a atenção, manter informações na memória e para coordenar o planejamento de uma tarefa. Existe uma série de medicamentos sendo desenvolvidos com o proposito de melhoras o desempenho cognitivo.
Os principais benefícios dos medicamentos são evitar novo episódio agudo da doença e permitir que a pessoa com esquizofrenia tenha bom controle dos sintomas para que possa ter uma vida com mais qualidade. No entanto, as medicações não excluem as intervenções psicossociais, tais como terapia ocupacional, psicoterapias, grupos de convivência e terapia familiar.
O desenvolvimento dos medicamentos antipsicóticos representou grande avanço para o tratamento. No entanto a primeira geração de medicamentos era utilizada em doses altas e induzia muitos efeitos colaterais. Nas últimas duas décadas, surgiu uma segunda geração de medicamentos que são eficazes e causam menos efeitos colaterais.
Apesar de o tratamento ser um pouco complicado por exigir exames de sangue semanais, ele vale a pena, pois pode mudar a vida das pessoas, melhorando drasticamente os sintomas. Além disso, é fundamental que os portadores e a famílias conheçam seus efeitos para que possam ajudar o médico e os terapeutas a encontrar a melhor opção para cada caso.
Forte abraço,
Gleize Fonseca – CRP 06/112812
Referência:
ASSIS, Jorge Cândido de; BRESSAN, Rodrigo Affonseca; VILLARES, Cecilia Cruz. Conversando sobre a esquizofrenia. São Paulo: Segmento Forma, 2008.
